quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Crianças com altas habilidades participam de uma experiência pioneira em Minas Gerais.

Crianças com altas habilidades participam de uma experiência pioneira em Minas Gerais e desenvolvem seu potencial e talento.
 
 
 
 

Conheça o aluno superdotado que venceu concurso com texto sobre inclusão

Luiz Gustavo Vieira, que cursa a 3ª série do Ensino Médio na rede estadual, recebeu os parabéns do secretário Herman Voorwald em encontro na Secretaria da Educação.
 


CRIANÇAS TALENTOSAS

 

 

DOCUMENTAL - SUPERDOTADOS (AL ESTE DE LA CAMPANA DE GAUSS)


EX-ET


NAAH/S MS

Altas habilidades e Superdotação
 
foto
E m vez de jogar bola, brincar na rua e empinar pipas, elas preferem estudar, escrever, ler e desenhar. Calhamaços com mais de 500 páginas são devorados em dias, e os traços de seus desenhos têm a beleza e a precisão de grandes artistas plásticos. Elas são crianças com altas habilidades, porém, muitas vezes as escolas, e mesmo os pais, não sabem como lidar com os grandes dotes que elas têm. Em Campo Grande, existem dois centros públicos que atendem a crianças com ritmo de desenvolvimento intelectual diferenciado: o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (NAAH/S), ligado aos governos estadual e federal, e a Divisão de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Ambos os órgãos trabalham com salas de enriquecimento curricular, ou seja, espaços onde são oferecidas oficinas em diversas áreas, como pintura, música e, até mesmo, pesquisas acadêmicas, todas monitoradas por profissionais especializados. Entre os alunos atendidos pelo núcleo está a adolescente Bianca (nome fictício), que frequenta as atividades do NAAH/S há dois anos. Com facilidade para atividades acadêmicas e as artes plásticas, ela consegue devorar facilmente um livro com mais de 400 páginas, como “A casa dos espíritos”, complexo romance da chilena Isabel Allende. Depois de seis meses na oficina de desenho, Bianca desenvolveu grande habilidade para as artes pictóricas. “Sempre gostei de desenhar e resolvi tentar esse ano, acho que o resultado foi bom”, considera a adolescente de 12 anos. O jeito tímido esconde o vocabulário refinado e o bom uso da língua portuguesa. “Prefiro não falar que tenho altas habilidades, pois isso cria expectativa entre as pessoas e acaba sendo chato para mim”, esclarece. Os pais demoraram a perceber sua condição especial. Segundo ela, a mãe acreditava que a menina tinha apenas facilidade para aprender. “Um dia a equipe do núcleo visitou o colégio e identificou que eu tinha o perfil de alguém com altas habilidades. Fiz uma avaliação para constatar isso e iniciei as oficinas”, lembra. Acompanhamento As equipes do NAAH/S e da Divisão de Educação Especial da Semed visitam as escolas em busca de alunos com comportamentos característicos de crianças com altas habilidades, que, muitas vezes, são vistas como estranhas pelos professores e colegas. “Por aprenderem rapidamente, eles deixam de prestar atenção nas aulas e são contestadores, desafiando e inquirindo professores, o que causa estranhamento”, explica Graziela Cristina Jara, coordenadora do núcleo no Centro Estadual de Educação Especial e Inclusiva. Segundo ela, crianças com superdotação são vistas pelo Ministério da Educação como pessoas com necessidades especiais. “Privar as crianças de um acompanhamento especializado é menosprezar um grande potencial intelectual”, ressalta. O núcleo considera como crianças com altas habilidades aquelas que apresentam grande facilidade de aprendizagem, que dominam rapidamente conceitos, procedimentos, atitudes e são marcadas pela facilidade com que elas se engajam em suas áreas de interesse. No NAAH/S, as crianças e adolescentes são assistidos por professores e psicólogos que passam por capacitação para trabalhar com estes alunos. São realizadas oficinas de música, xadrez, artes, informática, literatura, idiomas e projetos acadêmicos, onde as crianças podem pesquisar temas de seus interesses. Bianca participou dessa oficina em 2008, pesquisando poetas sul-mato-grossenses, por exemplo.
 
Fonte: Correio do Estado

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Sala de apoio ajuda jovens superdotados



ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO NO DF

Vídeo realizado pela APAHS/DF em parceria com a Coletivo Capital Vídeo Edição de Barbara Nozari, onde são apresentados depoimentos de pais de alunos sobre o Programa de Atendimento Especializado ao aluno com altas habilidades/superdotação no Distrito Federal.
 


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Lista de atividades para desenvolver as habilidades cognitivas nas crianças

O desenvolvimento cognitivo inclui as maneiras como as crianças resolvem problemas e aprendem. Uma criança desenvolve sua inteligência e aprende sobre seu ambiente à medida em que se desenvolve cognitivamente. A memória, a concentração, a atenção, a percepção, a imaginação e a criatividade são todos componentes fundamentais do desenvolvimento cognitivo. As crianças precisam conhecer marcos de desenvolvimento cognitivo específicos. Certas atividades podem motivar esses tipos de habilidades cognitivas nas crianças.

 
 Lista de atividades para desenvolver as habilidades cognitivas nas crianças
            Desenvolva as atividades cognitivas dos seus filhos através de atividades motivadoras
 

Leitura

As competências linguísticas fazem parte do desenvolvimento cognitivo. As atividades de leitura são cruciais para ajudar as crianças a desenvolverem essas habilidades. A leitura ajuda a construir o vocabulário e aumenta a habilidade verbal. Os pais podem estimular essas habilidades lendo para seus filhos desde pequenos. À medida que as crianças crescem, os pais podem continuar lendo para e com elas, encorajando-as a ler em voz alta à medida que suas habilidades se desenvolvem. Interagir através de livros pode promover habilidades verbais, bem como o desenvolvimento visual.

Memória

Quebra-cabeças e jogos de classificação são atividades que promovem a concentração e a memória. Os quebra-cabeças podem ser os tradicionais, feitos para todos os níveis de idade e habilidade. Os brinquedos baseados na construção civil, como Lincoln Logs e blocos, também podem melhorar a memória e a concentração. Para as crianças menores, os jogos da memória podem ajudar a promover a memória. Por exemplo, com pares de cartas misturados e virados de cabeça para baixo, a criança pode virar as cartas e tentar lembrar os lugares das cartas e encontrar os pares.

Matemática

As habilidades matemáticas também fazem parte do desenvolvimento cognitivo. Os pais podem estimular seu desenvolvimento falando sobre números com as crianças, enquanto fazem as atividades cotidianas. Quando os pais conversam com seus filhos sobre números desde pequenos, elas se sairão melhor em matemática quando entrarem na escola. Os pais podem desenvolver atividades simples, como itens de contagem. Por exemplo, ao fazer compras, um pai pode contar o número de compras no carrinho, junto com a criança. Os pais também podem incentivar a matemática através de jogos e quebra-cabeças focados em números. Ler livros baseados em matemática, que incluam números e contagem, também pode ajudar.

Criatividade

A arte e a música também podem ajudar a estimular o desenvolvimento cognitivo. As atividades criativas podem ajudar com muitos tipos de aprendizagem e também a construir conexões importantes no cérebro. Por exemplo, aprender música pode aumentar a memória e as habilidades de leitura. O uso de canções e rimas também podem ajudar com as competências linguísticas. As atividades baseadas em músicas e canções são frequentemente populares com crianças, e os pais podem desenvolver essas atividades de muitas maneiras. À medida que as crianças crescem, os pais podem incentivá-las a aprender um instrumento musical. Isso ajuda a desenvolver as habilidades de memória e a matemática.
 
Fonte: Escrito por rebeca renata | Traduzido por randhal wendel      
 

10 MITOS E VERDADES SOBRE SUPERDOTADOS

 
Quando pensamos em um superdotado pensamos em um menino, de classe média alta, magrelo e míope. Imaginamos uma grande habilidade intelectual, excelentes notas e um futuro brilhante. Certo? Mas será que é por aí? Conversamos hoje com o Neurologista Leandro Teles (formado e especializado pela USP) para identificar o que é MITO e o que é VERDADE em relação às pessoas com elevada habilidade cognitiva. Leia e surpreenda-se.
 
1-     A Superdotação é um fenômeno raro.
MITO. Ocorre em cerca de 5 % da população! Uma a cada vinte pessoas é superdotada. Muitas dessas escondidas por aí, sem que ninguém saiba de sua habilidade especial. Consideramos superdotado (ou portados de alta capacidade) aquele que apresenta uma ou múltiplas habilidades intelectuais inequivocamente acima da média (não podendo explicar essa superioridade apenas por estudo ou treinamento).
 
 2-     Existem Superdotados de ambos os sexos e todas as classes sociais
VERDADE. A superdotação é um fenômeno democrático. Ocorre em todas as culturas, épocas, etnias, sexos e classes sociais. No entanto, em família com maior poder aquisitivo a percepção da habilidade, assim com a utilização dela é superior, dando a falsa impressão que ela ocorre mais entre as classes sociais A e B. Aliás, o estereótipo do magrelo de óculos também é errôneo. Existem superdotados gordinhos, fortes, cabeludos, altos, baixos, como ou sem miopia, etc…
 
 3-     As pessoas superdotadas têm elevado Q.I.
MITO. Os testes de Q.I. são limitados na captura dos superdotados. Isso, pois avaliam apenas alguns aspectos da cognição e habilidades mentais humanas. Alguns superdotados têm fantástica habilidade artística, esportiva, social, criativa, não abordada nesse tipo de testagem. Pessoas com alta pontuação em testes como esse têm uma boa chance de ser um superdotado intelectual, no entanto o rendimento normal no teste não afasta com segurança essa possibilidade. O teste mostra muitos falso-negativos (pessoas brilhantes em determinados aspectos que tiram notas dentro da média). Por isso identificamos um superdotado pelo seu histórico, sua habilidade, pela opinião de familiares e professores, etc…
 
 4-      “Superdotado” e “gênio” são coisas diferentes.
VERDADE. Superdotado é quem tem uma capacidade específica ou múltipla superior, já o gênio é aquele que conseguiu dar uma contribuição grandiosa para a humanidade. São coisas bem diferentes. Um tem um grande potencial, outro tem uma grande realização. Muitos superdotados não são gênios, pois não tiveram oportunidade ou engajamento suficiente, por exemplo. Da mesma forma, existem gênios superdotados e não superdotados, pois muitas realizações grandiosas são frutos de perseverança, doação ou mesmo sorte.
 
 5-     Superdotados são sempre bons alunos.
MITO. Alguns são excelentes alunos, outros medianos, outros alunos ruins. Isso se explica pois, muitas vezes, falta estímulo específico, o aluno sente-se desmotivado e pode até considerar a escola comum entediante. Alguns superdotados têm dificuldade de seguir regras, podem se sentir diferentes do grupo e manifestar certa vulnerabilidade social. Tudo depende do caso, de que tipo de habilidade está em destaque. As matérias e o método de pontuação (nota) muitas vezes não contemplam o diferencial intelectual daquele aluno especificamente. O aluno com alta capacidade precisa frequentemente de apoio pedagógico diferenciado para atingir todo desenvolvimento de seu potencial peculiar. Por isso é fundamental a identificação desse aluno e do suporte escolar personalizado.
 
 6-     A grande maioria deles tem um futuro brilhante.
MITO. O que chamamos de “futuro brilhante” é fruto de várias variáveis, não só de uma capacidade mental acima da média. De modo geral, a vantagem intelectual tende a levar as pessoas para boas universidades, bons empregos, grandes realizações, etc. Mas não ocorre sempre assim… Muitos talentos são pouco reconhecidos e muitas pessoas, infelizmente, não tem oportunidades, não são bem aconselhadas ou mesmo não tem sorte de estar no lugar certo na hora certa. Quantas pessoas você conhece com uma capacidade subaproveitada por estar no emprego errado? E se o Messi nascesse em uma aldeia indígena tradicional e nunca tivesse visto uma bola de futebol? Sucesso depende de uma junção complexa de ocorrências aonde a inteligência e talento são apenas parte do processo.
 
 7-     Superdotados podem ser muito ruins em determinadas atividades intelectuais.
VERDADE. A superdotação exige algum aspecto acima da média, não precisam ser todos. Em alguns casos a pessoa pode ser brilhante em alguma coisa e péssima em outras. Tem autista, por exemplo, com franca dificuldade social que apresentam imensa habilidade de memória, ou numérica, ou para desenho, chamamos de síndrome de Asperger (autismo de alto funcionamento). Os desvios do desenvolvimento ocorrem para mais (superdotação) e podem ocorrer para menos (deficiência), sendo que o processo pode coexistir na mesma pessoa. O que os superdotados têm de forma mais ou menos semelhante é muita curiosidade, certa dose de independência intelectual e precocidade (desenvolvem habilidades antes de outras crianças).
 
 8-     O cérebro deles é maior.
MITO. O tamanho do cérebro não tem, de modo geral, relação direta com o grau de inteligência. Oque ocorrem são redes funcionalmente superiores, modalidades mais e melhor integradas, comunicação mais eficiente e arborizada entre neurônios, gerando maior velocidade de informação, melhor estratégia, melhor percepção de variáveis, melhor capacidade de percepção antecipada de resultados, etc… A inteligência é resultado final dessas e de outras inúmeras capacidades do cérebro humano.
 
 9-     Podemos identificar um superdotado antes da fase escolar.
VERDADE. Crianças intelectualmente superdotadas mostram muito interesse e curiosidade. Desenvolvem soluções criativas e surpreendentes. São focadas (quando gostam de determinada tarefa), tem memória boa, são geralmente precoces em alguma modalidade do desenvolvimento, tem vocabulário geralmente diferenciado, etc… Agora, temos que tomar cuidado no julgamento e na condução do desenvolvimento. Muitas crianças ditas “precoces” acabam se nivelando à população média com o passar dos anos. O mesmo pode ocorrer com os ditos “atrasados”, que podem ultrapassar a população média. Outro risco, é em estimular demais crianças com predisposição a superdotação e transformá-las em pequenos adultos, ou gerar deficiências pelo super-treinamento de determinada modalidade em destaque. Com crianças temos que ter, acima de tudo, bom senso no diagnóstico e na forma de condução.
 
 10 – A superdotação é, em grande parte, genética.
VERDADE. A inteligência é fruto do nosso código genético e de fatore ambientais, como a nutrição, ocorrência de exposições nocivas na fase de desenvolvimento, etc… A inteligência apresenta 80 % de semelhança entre gêmeos idênticos e cerca de 40-50% entre gêmeos não idênticos. Isso significa dizer que há um grande componente do código genético, mas também há 20 % de questões ambientais envolvidas. Quando digo que é genético não estou falando que necessariamente é herdado dos pais! O código genético da criança é um misto do código do pai e da mãe e podem ocorrem algumas mutações durante o processo de passagem. Por isso, temos pais superdotados com filhos dentro da média e também filhos superdotados de pais com cognição mediana.