segunda-feira, 23 de novembro de 2015

PROFESSORES DE SP TERÃO CURSO PARA IDENTIFICAR ALUNOS SUPERDOTADOS

PROFESSORES SERÃO TREINADOS PARA IDENTIFICAR "DIFERENTES INTELIGÊNICAS DENTRO DA SALA DE AULA" E PREVENIR A DISCRIMINAÇÃO

Aula classe educação professor (Foto: Thinkstock)
Os professores da rede municipal de São Paulo terão treinamento para identificar e trabalhar em sala de aula com estudantes com altas habilidades e superdotação. O curso é optativo e terá, inicialmente, 80 vagas. O objetivo das aulas, que serão dadas em parceria com a Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação (APAHSD), é de estimular as diferentes inteligências em sala de aula, identificar os alunos com superdotação e prevenir a discriminação.




Na justificativa do curso, publicada nesta terça-feira (03/03) no Diário Oficial do Município, apontou-se que "esta população ainda não é identificada de forma correta". "Estas crianças normalmente, por não se enquadrarem nos padrões de ensino, muitas vezes são confundidas como crianças com hiperatividade ou com distúrbios de aprendizagem. A orientação correta é fundamental, assim como a valorização do potencial dos alunos", diz o texto.

Poderão participar do curso professores de educação infantil, fundamental I e coordenadores pedagógicos que atuem na rede municipal. No final de 2014, a Prefeitura regulamentou a lei nº 15.919, que dispõe sobre o atendimento educacional de alunos com altas habilidades ou superdotados em São Paulo. Eles devem ser atendidos em salas regulares, segundo a lei, onde podem receber auxílio para potencializar as habilidades por meio de enriquecimento curricular, expansão de recursos de tecnologia, materiais pedagógicos e bibliográficos da área de interesse.

O atendimento integra a Política de Atendimento de Educação Especial do Município de São Paulo. Aos alunos superdotados são assegurados "currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às suas necessidades", de acordo com a lei.

PROJETO DA UNESP IDENTIFICA ESTUDANTES SUPERDOTADOS

SELECIONADOS RECEBERÃO ACOMPANHAMENTO ESPECIAL

Estudantes (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)


Nos últimos oito meses, os 289 alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental da Escola Estadual João Pedro Fernandes, em Marília, interior de São Paulo, foram submetidos a testes de inteligência. Destes, 11 foram considerados superdotados, com quociente acima de 130, quando a média oscila entre 100 e 110. Os estudantes selecionados vão receber atendimento pedagógico especial para desenvolver suas potencialidades.

O projeto, inédito na rede estadual de ensino, foi desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em parceria com o município. O objetivo é identificar precocemente alunos com potencial para serem futuras mentes brilhantes. A Diretoria Regional de Ensino de Bauru quer, agora, estender o projeto a toda a rede estadual.

Entre os 11 selecionados como superdotados em razão do desempenho nesse teste, dois não eram considerados alunos acima da média pelos professores, o que, para os orientadores, reforça a importância do projeto.Do universo de alunos submetidos ao teste de inteligência mais simples, 70 obtiveram aproveitamento acima de 90%, por isso passaram para a fase seguinte: o Teste de Wisc, um medidor internacional do quociente de inteligência, considerado mais complexo.

De acordo com a diretora regional de Ensino Gina Sanchez, os escolhidos não precisam ser gênios, bastando que tenham altas habilidades numa determinada área. Ela já designou um professor com habilitação especializada para acompanhar esses estudantes.

Cada aluno terá um plano de ação individualizado, levando em conta seu potencial, o interesse pessoal e a faixa etária. Para todos, no entanto, já foi antecipada a oportunidade de aprender uma segunda língua, o inglês.

Atividades

Bolsistas da Faculdade de Ciências da Unesp desenvolvem atividades extraclasse com esses alunos três vezes por semana. Os estudantes visitaram o laboratório de robótica da Unesp, foram ao Observatório de Astronomia, conheceram os bastidores do zoológico e interagiram com músicos da Banda Sinfônica de Marília. Uma das alunas superdotadas tocou três instrumentos sem que nunca tivesse tido aulas de música.

O projeto, desenvolvido pelas professoras Vera Capellini, do Departamento de Educação, e Olga Rolin Rodrigues, do Departamento de Psicologia da Unesp, tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CCJ aprova proposta de ensino especial para superdotado

BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade daProposta de Emenda à Constituição 336/13, que prevê educação especializada para alunos com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Conforme a proposta, do ex-deputado Paulo Wagner, o atendimento educacional especializado ocorrerá preferencialmente na rede regular de ensino, em todas as faixas etárias e níveis de ensino, em condições e horários adequados às necessidades do aluno.
Ao apresentar a proposta, Paulo Wagner ressaltou que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394/96) já estendeu aos alunos com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação o direito à educação especial. A inclusão ocorreu por meio das alterações promovidas pela Lei 12.796/13.
Para o ex-parlamentar, no entanto, “a melhor forma de salvaguardar esse direito é incluindo-o no texto constitucional”. O relator na CCJ, deputado Luiz Couto (PT-PB), apresentou parecer favorável à matéria. A análise na comissão restringiu-se aos aspectos constitucionais e jurídicos da proposta.
Alunos com deficiênciaAtualmente, a Constituição prevê o atendimento especializado somente para pessoas com deficiência (artigo 208), preferencialmente na rede regular de ensino. Porém, o texto constitucional não estabelece, para esses casos, atendimento em todas as faixas etárias e níveis de ensino, em condições e horários adequados às necessidades do aluno.
Tanto a PEC 336 como uma outra proposta (PEC 347/09) que está pronta para a pauta do Plenário, buscam assegurar o direito com esse detalhamento aos educandos com deficiência.
A tramitação da PEC 336/13 será analisada agora por comissão especial a ser criada unicamente para essa finalidade. Posteriormente, será votada em dois turnos pelo plenário.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A Importância da Escola no Desenvolvimento de Altas Habilidades/Superdotação

Resumo: Este artigo nos remete a um maior entendimento sobre as altas habilidades/Superdotação, sobre o papel da família e, principalmente, a importância da escola no desenvolvimento desses talentos. Foram feitas pesquisas sobre o tema, com a finalidade de um melhor esclarecimento e também como informativo.
Palavras-chave
: Altas Habilidades/Superdotação; Escola; Família; Estimulação.

Introdução

O presente artigo tem como objetivo geral fornecer informações sobre as altas habilidades, sobre o papel da família na relação com o filho superdotado e tem como objetivo específico, mostrar a importância da escola neste contexto. Propõe que uma educação inclusiva e estimuladora para crianças superdotadas, com profissionais da educação especializados na identificação de alunos com necessidades educacionais especiais, proporciona a eles um ambiente estimulador, com atividades específicas que incentivam e desenvolvem cada vez mais suas habilidades. Tem como objetivo também proporcionar à família um melhor entendimento sobre a superdotação, de forma que eles possam ajudar o filho no seu desenvolvimento sócio-cultural.

Família e Superdotação

Quando se fala em superdotação, logo se pensa em pessoas de QI alto. Este é um dos mitos mais comuns sobre as altas habilidades. Normalmente os superdotados que, segundo a OMS, são 5% da população, apresentam facilidades e talentos para determinadas áreas. Isso não significa que a pessoa tem um QI alto. As crianças com altas habilidades artísticas, as quais podem ser música, desenhos, danças, esportes, entre outros, não necessariamente vão ter um desenvolvimento intelectual elevado.
Há autores que dizem que a genética é responsável por grande parte do potencial das habilidades cognitivas gerais (Freeman & Guenther, 2000; Simonton, 2002). No entanto, o ambiente tem o papel de instigar as habilidades particulares inatas a encontrarem caminhos de realização (Bronfenbrenner, 1994). Se isso não acontecer, o talento pode adormecer até encontrar um momento oportuno para se desenvolver.
Segundo Cinthia Rodriguez da nova escola, a superdotação pode ter razões genéticas ou ter sido moldada pelo ambiente em que o aluno vive. Raramente, os superdotados têm múltiplas habilidades. Portanto, uma boa pista para encontrá-los é reparar no desempenho e no interesse muito
maiores por um determinado assunto. Segundo Hellen, existe um mito bastante comum que é o do pai dominador e exigente que leva seu filho a superdesempenhar uma habilidade. No entanto, na grande parte das vezes, os pais muitas estimulam e encorajam, mas não dão o dom às crianças.
Famílias de pessoas com altas habilidades têm sido estudadas e suas características têm sido mapeadas pela literatura há mais de um século, indicando a influência do contexto familiar no desenvolvimento dos talentos dos filhos (Aspesi, 2003). Estudos mostraram que estas famílias têm muitas características em comum. De um modo geral, as famílias de crianças com potencial elevado são descritas pela literatura como famílias harmoniosas, afetivas, coesas e com menos conflitos do que as famílias de crianças que não demonstram características de altas habilidades (Winner, 1998).
Sabe-se que o primeiro ambiente de desenvolvimento de uma criança é o ambiente familiar e é exatamente neste ambiente que vão ser notados os primeiros sinais das habilidades do filho. Estudos mostram que, normalmente, estas habilidades começam a se mostrar aos seis anos e em alguns casos podendo aparecer até antes, aos três anos, por exemplo.
Os pais costumam questionar a origem das altas habilidades do filho e buscam compreender o motivo pelo qual seu filho apresenta essas habilidades diferenciadas. (Silverman, 1997). Alguns pais não sabem lidar com essa necessidade educacional do filho e, por muitas vezes, até por falta de informação, não os estimulam. Esta falta de estimulação pode acarretar muitas conseqüências, dentre elas, a perda dessas habilidades, a falta de interesse pela escola e até evasão.
Observa-se ser comum encontrar pais que se identificam com as características dos filhos e relatam ter apresentado as mesmas facilidades e dificuldades observadas, quando tinham a mesma idade dos mesmos (Silverman, 1997).
Diante dessa demanda, a Secretaria de Educação Especial, implantou os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação – NAAH/S. Nestes núcleos, os superdotados encontram estímulos para desenvolver suas habilidades. O núcleo conta com a formação de professores que identificam e incentivam os superdotados na área de cada um. O núcleo tem como objetivo, também, informar as famílias sobre as necessidades de seus filhos e mostrar aos pais como podem estimulá-los no dia-a-dia.

Escola e Superdotados

Outro mito que precisa ser esclarecido é o de que as crianças superdotadas não precisam de professores tanto como as outras crianças, já que têm altas habilidades e são “auto-suficientes”. As crianças com altas habilidades precisam muito de seus professores, tanto em ambiente curricular como extracurricular. Eles precisam encontrar nestes ambientes desafios ou coisas que prendam seu interesse como algo criativo, estimulador, que faça com que eles pensem, elaborem estratégias para resolver problemas, entre outros.
Segundo a presidente do Conselho Brasileiro de Superdotação, Susana Graciela Pérez Barrera Pérez, assim como os estudantes diagnosticados com algum tipo de deficiência, os que têm altas habilidades precisam de uma flexibilização da aula para que suas necessidades particulares sejam atendidas, o que os coloca como parte do grupo que tem de ser incluído na rede regular de ensino. "O que devemos oferecer a eles são desafios”.

Diagnóstico

É importante que os pais e professores estejam atentos às características, que podem ser as mais variadas possíveis. Elas, como já dito, envolvem interesse por determinada área, desenvolvimento intelectual acima da média da maioria das crianças da mesma faixa etária, argumentos e raciocínios rápidos e até maus comportamentos. O professor deve desconfiar de estudantes com vocabulário avançado, perfeccionistas, contestadores, sensíveis a temas mais abordados por adultos e que não gostem de rotina (Cinthia Rodrigues). Depois disso, o aluno deve ser encaminhado para os núcleos de atividades e avaliado por um psicopedagogo e, sendo o caso, incluí-lo na educação especial.
O estudante com altas habilidades costuma ter um interesse tão grande por uma das disciplinas que acaba negligenciando as demais. A facilidade de expressar-se, por exemplo, pode ser usada para desafiar o professor e os colegas. Mesmo os mais aplicados dificultam a aula ao monopolizar a atenção. Muitos não querem trabalhar em grupo por não entender o ritmo "mais lento" dos colegas. A descoberta das altas habilidades é o primeiro passo para melhorar esses comportamentos. Primeiro, porque muda o olhar do professor. Também porque o próprio jovem passa a aceitar melhor as diferenças. (Cinthia Rodrigues). Mas é importante também estar atento aos diagnósticos errôneos que podem trazer diversos prejuízos e até traumas às crianças.
A educação inclusiva é tão necessária aos superdotados quanto à educação tradicional. Assim, os superdotados vão encontrar um sentido naquele ambiente. Muitas crianças com altas habilidades são rotuladas como bagunceiras e até hiperativas, exatamente por essa falta de interesse, por achar o conteúdo fácil demais. Este também é um dos motivos pela evasão. Segundo Ellen, essas crianças tendem a ser isoladas na escola por ter interesses diferentes das outras crianças de sua idade, que normalmente se interessam em brincadeiras, enquanto aquelas querem ler livros sobre diversos assuntos, resolver problemas, elaborar e desenvolver projetos, entre outros.
Estas crianças precisam ser assistidas de forma adequada para que possam desenvolver seus talentos, tanto no ambiente familiar quanto no escolar.

Conclusão

Observa-se a importância do papel da família e da escola na identificação e desenvolvimento das altas habilidades. A família, incentivando em casa, e a escola, estimulando as necessidades específicas de cada aluno. “Sem estímulos, uma criança superdotada vai perdendo aos poucos seu diferencial e termina por se igualar às demais”, afirma a psicóloga Marsyl Mettrau, presidente da Associação Brasileira de Superdotados, também voltada para o aconselhamento de pais e alunos.
Foi visto também que, não só a genética é responsável pela superdotação, mas o papel do ambiente é essencial para o desenvolvimento desses talentos. Alguns estudos foram realizados com objetivo de atender melhor estes alunos. Para atender melhor o aluno e sua família, os profissionais que atuam nessa área precisam compreender como a família contribui para a emersão dos talentos do filho. Portanto, precisam compreender primeiramente como ocorre a relação entre a bagagem biológica familiar e a bagagem proveniente das experiências vivenciadas nos contextos da sociedade e da cultura, bem como de todo o clima afetivo que permeia as interações sociais e que estarão atuantes na manifestação das altas habilidades/superdotação. (Cristina de Campos Aspesi).
   E, por fim, colocamos a importância de a criança, depois de diagnosticada como superdotada, ser estimulada e incluída numa educação especial, porém sem privá-la da convivência com outras crianças. Não se pode esquecer que ela, mesmo com altas habilidades, é uma criança que pode errar e que precisa de compreensão e carinho, assim como as outras.

FORMAÇÃO:
Como pais e professores devem lidar com jovenscom altas habilidades
Dedicar tempo ao jovem. Discutir idéias, responder a perguntas, valorizar a curiosidade, a independência de pensamento e a tomada de decisões
Transmitir amor e confiança nas capacidades e demonstrar aceitação mesmo quando ele fracassa em alguma tarefa
Encorajar a busca por fontes diversificadas de conhecimento e oferecer materiais de leitura e oportunidades para desenvolver atividades
Estimular habilidades físicas e sociais como esportes e jogos de grupo, além de outras atividades que impliquem socialização
Fonte: Conselho Brasileiro de Superdotados (Conbrasd)
Quadro extraído do texto “Você pode ser um superdotado” de Ivan Padilla, 2004.

Fonte:https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-da-escola-no-desenvolvimento-de-altas-habilidades-superdotacao © Psicologado.com

Educação de alunos portadores de altas habilidades/superdotação

TEXTO DE SELMA CARVALHO


Em busca de notícias sobre alunos portadores de altas habilidades/superdotação, me deparei com um trabalho escrito por "Denise de Souza Fleith", professora adjunta da Universidade de Brasília, no Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, e publicado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Distrito Federal, em audiência pública do Senado, em 24 de junho de 2008, com o Tema: "Educação de Alunos Superdotados: Desafios e Tendências Atuais", que achei interessante, e gostaria de dividir seus esclarecimentos com os leitores desse blog.

A matéria foi separa por tópicos, que nos dar uma abrangência sobre o tema, porém, de forma sucinta e resumida mostra a situação dos alunos superdotados no meio social e escolar, seus conceitos, desafios, mitos, objetivos, tendências, necessidades, bem como, o que é muito importante “Os seus Direitos”, podendo assim despertar um interesse maior pelos estudantes da área de educação, professores, gestores, pedagogos, psicólogos, enfim, à todos os profissionais da educação, pais, familiares e aqueles que se interessam pelo tema, onde a seguir passo a expor:


DESAFIOS NA EDUCAÇÃO DE SUPERDOTADOS

. De acordo com o Censo Escolar (Brasil, 2006), apenas 2.769 alunos foram identificados como superdotados.

. No Brasil, além de terem pouca visibilidade, os superdotados constituem ainda um grupo que é pouco compreendido.

. Hostilidade encoberta por parte da sociedade àqueles que apresentam um potencial superior.

. É absurdo investir em programas para alunos superdotados quando existe um largo contingente de alunos com distúrbios e deficiências diversas que precisam de atendimento especializado.

. Apoio limitado da sociedade aos projetos na área de superdotação. Atendimento ao superdotado visto como elitista.

. Resistência à implementação de um atendimento diferenciado ao superdotado, fruto de uma série de ideas falsas sobre eles.


MITOS SOBRE OS SUPERDOTADOS

. Supervalorização de fatores genéticos, colocando-se em segundo plano o papel do ambiente para o desenvolvimento de habilidades e competências.

. O superdotado tem recursos intelectuais suficientes para desenvolver por conta própria o seu potencial superior.

. O aluno superdotado apresenta um excelente desempenho acadêmico em todas as disciplinas curriculares.

. Aluno superdotado visto como excêntrico, instável emocionalmente e isolado socialmente.

. O potencial superior se desenvolve apenas em contextos de nível sócio- econômico médio ou elevado.

. Prevalência de alunos em programas para superdotados.

. Identificado equivocadamente como autista, hiperativo ou portador de algum distúrbio de aprendizagem, como déficit de atenção, ou de problemas de conduta comportamental.

. Superdotados constituem um grupo homogêneo em termos cognitivos e afetivos.


POR QUE INVESTIR NA EDUCAÇÃO DE ALUNOS SUPERDOTADOS?


“Os alunos superdotados de hoje são os líderes culturais, econômicos, intelectuais e sociais de amanhã e seu desenvolvimento não pode ser deixado ao acaso.” (Eyre, 2004)


OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO PARA ALUNOS SUPERDOTADOS

. Desenvolver ao máximo talentos e habilidades.

. Fortalecer um autoconceito positivo.

. Ampliar as áreas de experiência.

. Desenvolver uma autoconsciência social e ética.

. Apresentar produtividade criativa.

. Promover uma aprendizagem significativa e prazerosa.


DESAFIOS NA EDUCAÇÃO DO ALUNO SUPERDOTADO

. Identificação dos pontos fortes e limitações do aluno.

. Atividades desafiadoras e intrinsecamente motivadoras.

. Currículo: conteúdo integrado, complexo, aprofundado.

. Processo de aprendizagem deve privilegiar pensamento independente, investigativo, criativo e crítico, além de prover oportunidades para reflexão/avaliação do próprio processo.

. Conscientização do público em geral, educadores, responsáveis pelas políticas públicas, pais, gestores.

. Alianças: temporárias e permanentes com instituições que apoiam a educação do superdotado.

. Defesa dos direitos deste grupo: ampliação, fortalecimento e renovação da legislação vigente; realização de congressos.


TENDÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DO ALUNO SUPERDOTADO

. Expansão da clientela atendida

(a) Programas para talentos específicos supervisionados por mentores (parcerias com universidades).

(b) Competições e olimpíadas.

(c) Programas de enriquecimento sob a forma de atividades extracurriculares na escola ou fora dela.


TENDÊNCIAS ATUAIS NO CENÁRIO INTERNACIONAL

. Investimento na formação inicial e continuada de professores.

. Garantia, por meio de políticas públicas, de oportunidades educacionais de qualidade por meio de currículo apropriado, organização escolar, uso de recursos e parcerias com a comunidade (Moltzen, 2006).

. Implementação de uma confluência de abordagens que permitam uma aprendizagem acelerada e experiências de enriquecimento em áreas diversas.

. Entre as modalidades de programas mais utilizadas, destacam-se a aceleração de aprendizagem e enriquecimento curricular.

. Reconhecimento crescente de que as necessidades do superdotado passam pelas áreas cognitiva, afetiva e social, a serem levadas em conta nas propostas educacionais.

. Como não existe um perfil único de aluno superdotado, é necessário diversificar os procedimentos de identificação e avaliação destes alunos.

. Isto é especialmente importante no caso de alunos desfavorecidos socioeconomicamente ou alunos com dificuldades de aprendizagem.

. É fundamental estabelecer uma parceria entre família e escola no que diz respeito ao processo de estimulação das habilidades do aluno superdotado.


DIREITOS DO SUPERDOTADO 
(National Association for Gifted and Talented Children, 2007)


Você tem direito a:

. Saber mais sobre seu talento.
. Aprender uma coisa nova a cada dia.
. Desenvolver seu talento com paixão sem precisar pedir desculpas.
. Ter uma identidade para além do seu talento.
. Se sentir bem quando vivencia experiências de sucesso.
. Errar.
. Buscar ajuda no desenvolvimento de seu talento.
. Ter uma variedade de amigos.
. Escolher que áreas de talento você deseja se aprofundar e especializar.
. Não demonstrar seus talentos o tempo todo.


“O potencial do superdotado é inquestionavelmente o recurso natural mais precioso que uma civilização pode ter.” (Sternberg & Davidson, 1986)


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A referida matéria nos dar uma visão geral de forma resumida da educação dos alunos portadores de altas/superdotação. Passados 3 anos e meio, podemos notar que o tema vem sendo cada vez mais discutido e, o número de alunos reconhecidos nas escolas tanto públicas quanto particulares de ensino tem aumentado consideravelmente.

Atualmente, as políticas públicas tem intensificadas suas atuações na inclusão social e educacional de alunos da rede pública , onde os portadores de altas habilidades/superdotaçãoestão resguardados na educação especial, tendo seus direitos garantidos nas legislações pertinentes, e já tratada neste blog http://papoentrepais.blogspot.com/2011/12/legislacao-na-inclusao-escolar-dos.html.

Espero que esse texto possa trazer alguns esclarecimentos aos familiares e profissionais interessados no tema e na escolaridade desses alunos tão especiais, contribuindo na divulgação e quebrando mitos, para que assim possam se desenvolver na real capacidade que apresentam ter. Agradecemos a pesquisadora, Dra. Denise de Souza Fleith pela excelente contribuição para desmistificar idéias errôneas acerca do processo criativo dos superdotados.

Alunos estudam pela internet no projeto Ismart Online

Alunos de escolas públicas de ensino fundamental contam sua experiência como bolsistas do projeto Ismart Online, que prepara jovens de alto potencial para melhores oportunidades no ensino médio. Trata-se de uma plataforma online com conteúdos de português e matemática, além de material para desenvolver habilidades como motivação, autonomia e persistência. Mais informações:http://www.ismart.org.br.