quinta-feira, 6 de outubro de 2016

CRIANÇAS SUPERDOTAS

TV Folha - A jornalista Sabine Riguetti entrevista o psiquiatra Daniel Minahim e Claudia Hakim advogada que atua na área da Educação, e que é pós-graduada em Neurociência e Psicologia Aplicada, sendo ela mãe de duas crianças superdotadas, palestrante e autora de livro, sobre este tema.


Mensa Brasil.

Superdotação, o Talento na Escola

Reportagem produzida pela UnivespTV, "Superdotação, o Talento na Escola". Para o curso de especialização em Educação Especial na área de Altas Habilidades/Superdotação do programa Redefor Educação Especial e Inclusiva, oferecido pela Unesp. 



Publicado em 30 de abr de 2015.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Inclusão de alunos superdotados e com altas habilidades



Entenda como o aluno pode ser incentivado a desenvolver cada vez mais o seu talento, sem deixar de se incluir na rotina escolar e na convivência com os colegas.

Foto: INCLUSÃO
Alunos superdotados precisam ser desafiados sempre
Incentivo é a palavra: para uma criança que adora aprender e ser desafiada, a escola tem de se preparar para estar sempre um passo à frente - o que é bom para ela, para a criança e para todos os seus colegas. Dois professores por turma e, principalmente, uma sala de recursos capacitada para desenvolver as mais diversas facilidades são possíveis ferramentas para acolher alunos com altas habilidades e superdotação.

"Para lidar com esses alunos, é preciso fundamentar-se teoricamente e focar em seu desenvolvimento humano", ressalta a professora de artes Maria Zuleide Vieira de Sousa, da Sala de Recursos - Talentos do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, de Brasília (DF), considerado modelo nesse campo por acolher alunos da própria escola, de outras instituições públicas e também de colégios particulares. 
A formação dos professores de fato fica sob os holofotes diante de estudantes com altas habilidades. "O ideal é que a criança não sinta como se soubesse mais do que o professor", aponta o psicólogo Felipe de Souza, de Juiz de Fora (MG), que fez uma pesquisa sobre o assunto. 

Com o auxílio desses profissionais e de materiais especializados do Ministério da Educação, o Educar aborda aqui aspectos importantes da inclusão escolar desses alunos.

Veja a seguir:


          Diagnóstico de superdotação e altas habilidades
Para entender a superdotação e as altas habilidades, é preciso lembrar, em primeiro lugar, que crianças são muito inteligentes e curiosas. Elas só serão consideradas superdotadas quando apresentarem uma habilidade muito acima da esperada para a sua idade, ou mesmo um talento único para qualquer idade - pode ser um talento musical apurado, uma grande facilidade para desenho ou outras artes, uma raciocínio matemático extremamente rápido etc. Em geral, essa característica é notada pelos pais e pelos professores. O passo seguinte é encaminhar a criança a um psicólogo ou psicopedagogo, que, por meio de testes e de um acompanhamento contínuo por determinado período, fará ou não o diagnóstico de superdotação.
          Características gerais do superdotado
A criança ou o adolescente com superdotação ou altas habilidades possui, além de um talento e interesse marcante por uma determinada área, algumas ou muitas das seguintes características: habilidade para pensamentos abstratos e associativos; grande capacidade de transferir o aprendizado para situações reais; atitudes colaborativas; grande capacidade de articulação, síntese e análise de conceitos; tendência à inovação; tendência à liderança e à organização e estruturação de grupos; capacidade de observar fenômenos; capacidade de compreender outros pontos de vista; percepção geral apurada. Além disso, pode apresentar dificuldades como: intolerância e oposição ao meio; resistência a imposições e à autoridade; não aceitação da superficialidade, da falta de estrutura e da rotina; dificuldade com situações que considere enfadonhas.
          Meu filho/aluno é um gênio?
A ideia de gênio é um tanto mítica: em geral, ela é usada para definir pessoas que fizeram grandes bens à humanidade ou que, pelo menos, mudaram o curso da história. Em princípio, crianças que apresentam superdotação e altas habilidades não são gênios, e esse estigma pode não ser benéfico a elas. O ideal é considerá-las como indivíduos com facilidades e talentos específicos e, principalmente, com grande potencial. Se esse potencial for bem desenvolvido, ele pode, sim, trazer benefícios à sociedade - daí a importância de incentivar essas crianças com atenção e cuidado.
          Percepção do talento
Segundo o documento "Saberes e Práticas da Inclusão - Desenvolvendo Competências Para o Atendimento Às Necessidades Educacionais Especiais de Alunos com Altas Habilidades / Superdotação", do Ministério da Educação, o professor, paralelamente à família, é o principal responsável pela percepção de talentos específicos entre os seus alunos, por isso é importante que fique atento. Só assim poderá encaminhar o aluno com altas habilidades para a sala de recursos, de modo que as suas competências sejam desenvolvidas e aproveitadas. Porém, é imprescindível ressaltar que a criança pode apresentar uma alta habilidade específica - para música, por exemplo - e continuar sendo uma aluna de desenvolvimento típico nas outras disciplinas. Portanto, o seu aprendizado deve ser tratado normalmente, com o mesmo incentivo dado a todos os alunos.
          Aprovação exagerada ou indiferença: extremos a evitar
No caso das altas habilidades e da superdotação, notam-se dois riscos opostos a que a criança está sujeita: ou a aprovação exagerada, ou a indiferença por parte de pais e professores. De um lado, há os que elogiam demais, mostrando-se "maravilhados" e extremamente orgulhosos com o talento da criança; do outro, os que, depois de alguns ótimos resultados, já consideram o sucesso da criança esperado e até obrigatório. Essas atitudes extremas são perigosas e podem inibir a vontade da criança de aprender, ou até mesmo desanimá-la e afastá-la dos estudos. Lembrando: o desenvolvimento de cada aluno deve ser medido dele para consigo mesmo, e não em relação a outros. O aluno com altas habilidades também terá os seus desafios e, no melhor dos cenários, tentará se superar cada vez mais.
          Dupla excepcionalidade
É possível que a criança que apresente superdotação também tenha outra condição particular, como autismo, hiperatividade ou alguma deficiência, sem que uma coisa seja relacionada à outra. É importante não confundi-las, e apenas profissionais - psicólogo, psicopedagogo e/ou médico - podem fazer os diagnósticos e acompanhamentos corretos. No caso de dupla excepcionalidade, a inclusão escolar ganha novos contornos, e os pais devem envolver a escola na questão. Atenta a isso, a escola tem de fazer o possível para que a criança aprenda e se sinta incluída nas atividades e com os colegas.
          Escola bem preparada
"Assim como alunos com deficiências, o aluno com superdotação ou altas habilidades também está fora da média - não se trata de ‘aluno mediano’", expõe o psicólogo Felipe de Souza, doutorando da UFJS. É por isso que, para todos os casos de inclusão, a abertura da escola às diferenças é essencial. E, em se tratando de altas habilidades, coordenadores e professores são convidados a um desafio: informar-se e formar-se cada vez mais, para ficar ao menos um passo à frente do aluno. "Para trocar conhecimentos com os meus alunos, preciso também me manter extremamente informada sobre as suas áreas de interesse", confirma a professora Zuleide. Uma possível ajuda é manter dois professores na classe em que haja crianças com altas habilidades/superdotação, pois isso evita a sobrecarga sobre um só profissional.
          Sala de recursos
Para o aluno com altas habilidades, a sala de recursos é um instrumento essencial, seja ela dentro ou fora de sua escola regular. É nesse ambiente que ele terá a sua habilidade estimulada e desenvolvida, e onde dará vazão à grande curiosidade que o caracteriza como aluno. Ali, ele também não se sentirá obrigado a nada, pois não terá aulas, mas sim orientações. "Meu trabalho com o aluno parte daquilo que ele já traz, de um interesse que já tem", explica a professora Maria Zuleide, completando: "Na sala de recursos, desenvolvemos os seus talentos e descobrimos outros". Caso a escola de seu filho não disponha de uma sala de recursos, procure saber com a Secretaria de Educação de sua cidade para onde ele pode ser encaminhado - em geral, ele irá frequentar a sala de recursos uma vez por semana, no período do dia oposto ao que ele estiver na aula regular.
          Exemplo de trabalho
A professora de artes Maria Zuleide, que trabalha na sala de recursos de talentos da CEMEB, de Brasília, ilustra o trabalho desenvolvido com crianças com altas habilidades com o seguinte exemplo, em referência a um estudante do Ensino Fundamental I: "Um aluno que adore desenhar dinossauros, por exemplo. Não basta que ele os desenhe à perfeição. É importante incentivar o seu desenvolvimento, orientando-o a pesquisar sobre tudo relacionado a um dinossauro de sua preferência: entender o seu habitat, como vivia e até a sua extinção". Assim, o conhecimento é expandido e diversificado e, ao mesmo tempo, a curiosidade e capacidade de aprendizado do aluno são também satisfeitas.
          Acompanhamento psicológico
Na maioria dos casos em que a criança apresenta superdotação e altas habilidades, o acompanhamento psicológico pode ter um papel fundamental em sua vida. Com a ajuda de um profissional, ela compreenderá melhor o seu lugar no mundo, como pode desenvolver as suas habilidades e como lidar com as pessoas à sua volta. Muitas escolas oferecem esse apoio psicológico; caso não, os pais podem procurá-lo fora do ambiente escolar.
          Convivência com outras crianças
Ao contrário do mito de que "gênios" são difíceis, muitas crianças com superdotação e altas habilidades têm facilidade para lidar com os colegas e até uma tendência à liderança. Por outro lado, serem estigmatizadas como "geninhos" e/ou elas mesmas se sentirem acima dos amigos da escola são aspectos que podem dificultar a convivência, por isso o acompanhamento psicológico e uma atitude atenta por parte de pais e professores é imprescindível. É sempre bom ressaltar que a criança com uma determinada facilidade também tem as emoções e a inexperiência características de sua idade. "Às vezes até os pais se esquecem disso, mas a criança com altas habilidades também precisa desenvolver passo a passo o seu aspecto emocional, como qualquer outra pessoa", reforça a professora Maria Zuleide.

Educar

Superdotação não é garantia de altas habilidades em tudo na vida


Inteligência pode aparecer em cinco áreas: intelectual, acadêmica, psicomotora, artística e criativa, de forma isolada ou combinada.





Victor Hugo só foi identificado como superdotado na faculdade de Biologia e agora cursa o mestrado e a graduação ao mesmo tempo (Foto: Globo)


De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), cerca de 8,7 mil alunos do Ensino Fundamental e pouco mais de 3 mil estudantes do Ensino Médio possuem a chamada superdotação. E, ao contrário do que muita gente pensa, ela não aparece em todas as áreas ao mesmo tempo. A inteligência e a habilidade podem se apresentar em uma das cinco áreas — intelectual, acadêmica, psicomotora, artística e criativa — isoladas ou combinadas. Ou seja, uma pessoa superdotada pode ser muito boa em Matemática, mas não ter habilidade para o esporte, por exemplo, embora existem casos de pessoas superdotadas em tudo.











— Superdotado dá a ideia que a pessoa é um super gênio, um cara que fica no porão fazendo pesquisa sozinho e não sai de casa. Por isso que eu prefiro o termo altas habilidades. O Neymar tem altas habilidades no futebol, eu tenho em Biologia. Então, você já começa a separar onde o cara é bom — explica Victor Hugo.


Victor Hugo é superdotado, mas só foi identificado quando entrou na faculdade de Biologia. Como passou no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) entre os dez primeiros colocados, e sempre teve na escola um desempenho brilhante na disciplina, os professores indicaram para ele um teste de QI, que comprovou a alta habilidade. Hoje ele faz parte do programa de altos estudos da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Niterói, no estado do Rio, e cursa o mestrado e a graduação ao mesmo tempo. Em seis anos ele se forma mestre em Biologia. (veja no vídeo acima)


O Instituto Rogério Steinberg, no Rio de Janeiro, é um importante polo de desenvolvimento para superdotados. Ele seleciona alunos da rede pública de ensino que se destacam em atividades extracurriculares. Os que são identificados como superdotados são convidados a participarem das oficinas. Elas trabalham áreas da inteligência, leitura, escrita e sociabilidades.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Jovem escritora lança livro 'Codinome Valery' em Rio Branco

Laura Almeida escreveu a obra inspirada nos filmes de ação e terror.

Por Jornal do AcreDa Redação/ AC
Laura Almeida tem o sonho de que sua obra seja reproduzida nos cinemas (Foto: Jornal do Acre)Laura Almeida tem o sonho de que sua obra seja reproduzida nos cinemas (Foto: Jornal do Acre)


















A jovem escritora Laura Almeida, de 17 anos, lançou na última sexta-feira (12) o livro "Codinome Valery", inspirada em filmes de ação e terror. O Jornal do Acre do último sábado (13) destacou a história de Laura, que foi descoberta pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (Naah/S-AC), passando por diversos testes.













A obra aborda a história de uma mulher que se muda para Hollywood, na Califórnia (EUA). Com superdotação na escrita artística, Laura sonha que a obra seja reproduzida nos cinemas. Ela falou sobre a importância da leitura no desenvolvimento da habilidade de criar textos e histórias.

Universitário de apenas 9 anos quer virar astrofísico para 'provar que Deus existe'


William em aula em universidade
Ele só tem 9 anos e já está estudando em uma universidade.
O prodígio William Maillis é o aluno mais novo do Community College, do condado de Allegheny (Pensilvânia, EUA). O objetivo do menino é se tornar astrofísico para "provar que Deus existe", de acordo com entrevista dada à revista "People".
Aos 6 meses de idade, disseram os pais, William já reconhecia números e começou a dizer frases completas aos 7 meses. Aos 2 anos, ele já conseguia ler, escrever e usar a multiplicação. Passou a ler grego aos 4 anos e, aos 5, já dominava a geometria.
Aaron Hoffman, professor de William, afirmou que, além da idade, um detalhe difere o menino dos outros alunos: ele é o único que não anota nada em sala de aula. Apenas, ouve, lê e absorve conhecimentos.
POR FERNANDO MOREIRA