A Superdotação caracteriza-se por um desenvolvimento intelectual acima da média, podendo representar especificidades em diversos campos do conhecimento.
O que é Superdotação Intelectual?
Uma criança superdotada é um gênio?
Precocidade: aplica-se a crianças que desenvolvem certa habilidade de maneira prematura, anterior ao tempo previsto para a grande maioria das crianças, o que pode acontecer em qualquer área do conhecimento como música, literatura, matemática ou linguagem.
Prodígio: o termo “Criança Prodígio” é empregado para o desenvolvimento de alguma característica rara ou extrema, que não se enquadraria no curso normal do desenvolvimento natural. O exemplo mais usado é o pianista Wolfgang Amadeus Mozart que começou a tocar piano com apenas três anos de idade.
Genialidade: é o termo reservado para pessoas cuja habilidade gerou contribuições extraordinárias para a história da humanidade. É o caso de estudiosos como Einstein, Gandhi, Freud, Portinari e do próprio Mozart.
Como é feito o diagnóstico da Superdotação?
Existem características específicas da Superdotação Intelectual?
Quais são os problemas enfrentados por sujeitos superdotados?
Como saber mais?
Juliana Spinelli Ferrari
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em psicologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista
Curso de psicoterapia breve pela FUNDEB - Fundação para o Desenvolvimento de Bauru
Mestranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP - Universidade de São Paulo
O que é Superdotação Intelectual?
A Superdotação Intelectual é caracterizada pelo desenvolvimento de uma habilidade significativamente superior a da média da população em alguma das áreas do conhecimento, podendo se destacar em atividades como: acadêmicas, criativas, de liderança, artísticas, psicomotoras ou de motivação. O sujeito da Superdotação é conhecido como superdotado, talentoso ou portador de altas habilidades. Existem ainda outras caracterizações, como precocidade, prodígio e genialidade.
Uma criança superdotada é um gênio?
Existem diferentes gradações para o fenômeno da Superdotação intelectual. Entre elas, destacamos a precocidade, o prodígio e a genialidade que, segundo o ConBraSD (Conselho Brasileiro para a Superdotação), podem ser descritas da seguinte forma:
Precocidade: aplica-se a crianças que desenvolvem certa habilidade de maneira prematura, anterior ao tempo previsto para a grande maioria das crianças, o que pode acontecer em qualquer área do conhecimento como música, literatura, matemática ou linguagem.
Prodígio: o termo “Criança Prodígio” é empregado para o desenvolvimento de alguma característica rara ou extrema, que não se enquadraria no curso normal do desenvolvimento natural. O exemplo mais usado é o pianista Wolfgang Amadeus Mozart que começou a tocar piano com apenas três anos de idade.
Genialidade: é o termo reservado para pessoas cuja habilidade gerou contribuições extraordinárias para a história da humanidade. É o caso de estudiosos como Einstein, Gandhi, Freud, Portinari e do próprio Mozart.
Nos três casos, tratamos de pessoas que podemos dizer terem sido dotadas de altas habilidades, ou superdotadas.
Como é feito o diagnóstico da Superdotação?
Ao longo dos anos, inúmeras propostas foram desenvolvidas para avaliação e diagnóstico da Superdotação intelectual, baseadas em testes de inteligência, avaliação de padrões comportamentais e de condições de desenvolvimento. Para alguns autores, existem três condições fundamentais para o diagnóstico: habilidade acima da média, comprometimento com a tarefa e criatividade. Outros autores defendem propostas multidisciplinares para o desenvolvimento de um diagnóstico e de propostas interventivas.
Existem características específicas da Superdotação Intelectual?
Cada criança é diferente e reage de forma diferente aos estímulos tanto em casa quanto na escola. Apesar disso, alguns aspectos podem ser evidenciados na interação com indivíduos superdotados, como:
- precocidade no desenvolvimento de habilidades físicas precoces (sentar, andar, falar), no reconhecimento de seus cuidadores, na aquisição da linguagem, no conhecimento verbal e na leitura;
- alto grau de curiosidade intelectual (elaboração de perguntas mais sofisticadas) e persistência para obter respostas;
- aprendizagem rápida, com instruções mínimas;
- sensibilidade desenvolvida;
- altos níveis de energia (o que muitas vezes pode levar a ser diagnosticado como Hiperativo);
- preferência por brincadeiras individuais ou por interação com pessoas mais velhas;
- raciocínio lógico e abstrato bastante desenvolvido;
- interesse por temas e discussões filosóficas, morais e sociais.
Quais são os problemas enfrentados por sujeitos superdotados?
Apesar de parecer que os sujeitos superdotados são extremamente adaptados e que, portanto, estariam livres de problemas de socialização e compreensão, algumas dificuldades podem surgir ao longo da vida, entre elas, podemos destacar: perfeccionismo; hipersensibilidade do sistema nervoso; resistência a interrupções e mudanças na rotina; impaciência com detalhes; pensamentos divergentes em relação aos dos colegas, que podem gerar discriminação ou inconformismo; pouca dedicação ou desinteresse por novas formas de resolução de problemas, gerando baixo rendimento acadêmico; repulsa por estruturas rígidas de aula; rebeldia e oposição às pressões sociais; sarcasmo exacerbado.
Como saber mais?
O tema da Superdotação Intelectual demanda discussões aprofundadas, que têm sido realizadas com êxito ao longo dos anos. Em decorrência disso, a legislação brasileira tem destaque nas medidas educativas para sujeitos com altas habilidades. Entre as cartilhas de leitura indicadas, está o material “A Construção de Práticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades / Superdotação”, desenvolvido pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Educação Especial, que é extremamente rica nas descrições e propostas interventivas.
Para iniciar discussões, alguns exemplos midiáticos também podem ser interessantes. O seriado “Parenthood” conta a história da família Braverman que tem, entre seus entes, uma criança superdotada (Sydney Graham). Apesar de aparecer em poucos episódios, Sydney apresenta comportamentos marcantes e podem servir como ilustração para discussões.
Juliana Spinelli Ferrari
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em psicologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista
Curso de psicoterapia breve pela FUNDEB - Fundação para o Desenvolvimento de Bauru
Mestranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP - Universidade de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário